quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Considerações sobre mudança de Adjunto

 ADJUNTO OU RAIZ : CONSIDERAÇÕES SOBRE A MUDANÇA DE ADJUNTO

A formação de Adjuntos Koatay 108 (atualmente Arcanos) foi feita para estabelecer uma hierarquia dentro da Corrente, um elo de sustentação das forças, cada um recebendo sua consagração que o vincula a um Ministro. Passou, assim, a se constituir no poder básico da Corrente do Amanhecer, sendo seus componentes integrados pelos médiuns – Doutrinadores e Aparas – que a ele devem filiar-se após o Curso de Pré-Centúria, no caso de médiuns desenvolvidos no Templo-Mãe. Os Adjuntos Presidentes de Templos Externos já compõem seus povos com a totalidade dos médiuns locais.

Em carta datada de 01.09.77, Tia Neiva afirma: Sabendo que tudo que atinge a Humanidade tem a sua Raiz ou Adjunto, que trabalha distintamente em seus Oráculos, em sintonia cabalística, vamos, meu filho, penetrar no mundo encantado de Simiromba, nosso Pai e de seus Ministros.

E possível depreender-se dessa afirmação da Clarividente que cada Adjunto ou Raiz representa um Ministro, o qual trabalha de forma inconfundível, distinta, em seu respectivo Oráculo. Assim, por exemplo, se ele é um doutrinador, de acordo com sua especificidade, pode exercer seu trabalho no Oráculo de Simiromba ou no Oráculo de Obatalá. Caso esse Adjunto seja um Apará, sua sintonia cabalística será o Oráculo de Olorum.

No dia 1° de maio de 1978, na Estrela Candente, foram consagrados os Adjuntos Rama e em 23 de julho do mesmo ano, foram consagrados os povos dos Adjuntos Koatay 108 – Arjuna Rama -, que receberam a sua Lei, em ritual feito por Tia Neiva, realizado na Cabala especialmente construída para a realização desse importante evento doutrinário do Amanhecer.

Tia Neiva esclarece o significado desse ritual: Um grande tribo partia para a guerra de suas novas conquistas quando um despertar de amor a fez voltar até o Santuário, pedindo a Amon-Rá que abençoasse aquele povo. Esta iniciação, atravessando séculos, chegou até aqui. Arjuna Rama entra no Oráculo – ou Santuário, com uma lança na mão, escoltado por ninfas Dharman Oxinto. No portão do Santuário pergunta à I Solitária Yuricy se pode se espiritualizar. Esta vai à presença do Sacerdote, que está com os poderes de Koatay 108, que lhe responde: se for por bem, diga-lhe que entre. Ele entra e recebe os poderes que lhe são merecidos, sal e perfume, pelas seguintes palavras: EU TE CONSAGRO KOATAY 108! Em seguida toma o vinho e vai até o Trino, que lhe concede a graça pedindo que traga à sua frente o seu povo, a sua tropa, como disse Amon-Rá, fazendo daquele valente comandante de outrora um Arjuna Rama. Depois do consentimento do Trino, volta ao Santuário, onde Koatay 108 ou seu representante lhe dará a Lei, que significa o Roteiro de sua jornada. Com a mudança de seus sentimentos, vai pedir outra vez a Koatay 108 para espiritualizar seu povo, que entra no Santuário e se espiritualiza. Arjuna Rama recebe o sal e o vinho e, em frente aos seus Capu-Anês – Sétimos Raios – faz, de joelhos, seu termo: o Juramento. Então, segue com o seu povo.

O Adjunto ou Raiz tem toda a regalia na Doutrina, porém, tem que respeitar as Leis do Amanhecer. Sendo Adjunto, seus direitos envolvem todos os trabalhos existentes na Corrente Indiana do Oriente Maior, na Linha do Amanhecer, quero dizer: Linha Iniciática. A Corrente Mestra vem dessa Corrente Indiana. Simiromba é a junção de sete Raízes, segundo sua necessidade, porque filho, saiba, pois, que as forças não se deslocam em vão.  Segundo posso explicar, cada Raiz tem o seu conceito, porque atrai sempre a origem.

Uma Raiz é algo, por exemplo, com um estado de acomodação de forças em movimento de destaque. Podemos considerar que as Raízes foram formadas pelos Grandes Iniciados na Terra, assim como nós estamos tentando homogeneizar a Raiz do Amanhecer, bem como, também, uma contagem para um Adjunto. Uma contagem só se forma pelos seguintes médiuns: Orixá, na Linha Afro, Arjuna Rama, na Corrente Indiana, que tem como sinônimo o Primeiro Sétimo, Adjunto Koatay 108 Arjuna Rama (tradução: Multiplicação Divina); VII Raio – D’Havaki Gita (tradução: Ilimitado); VI Raio – D’Hira (tradução: Continuação). As Ninfas Sol Yuricy são as Ninfas classificadas para as invocações e consagrações. (Tia Neiva, 23.7.78).

Vê-se, pois, que é obrigação de um Adjunto o absoluto respeito às Leis do Amanhecer. Por força de suas atribuições deve zelar pela manutenção de todos os trabalhos que estão sobre a égide da Corrente Mestra, a qual é originária da Corrente Indiana do Oriente Maior. É esta Corrente que ordena o intercâmbio dos Trabalhos Oficiais e dos Retiros, desde que sejam observados os horários e, além disso, deposita nos plexos dos Orixás ali escalados, as energias necessárias ao atendimento na Lei de Auxílio.

Observe-se que compete aos Orixás a invocação da Corrente Mestra, porém com o entendimento de que as forças ali invocadas não se deslocarão em vão. Toda força é enviada na medida exata ao atendimento da necessidade do trabalho. Nem mais, nem menos.

É com muita propriedade que nossa Mãe Clarividente afirma que cada Raiz ou Adjunto tem o seu conceito, porque atrai sempre a origem. Não há um Adjunto igual ao outro, assim como não há um ser humano igual ao outro. A característica que o torna diferente é a sua individualidade. Cada um de nós é um ser singular, único e um dia fomos por Deus criado à sua imagem e semelhança. A Prece de Sabah nos dá essa convicção: Eu sou nascido de Deus, puro dos puros e sendo feito à sua imagem e semelhança, sou puro. A vida de Deus é a minha vida e com ele vibro em harmonia e integridade.

O pequeno detalhe é que essa Raiz ou Adjunto, não obstante suas particularidades, atrai sempre a origem. E nesse ponto emerge, de forma límpida, a razão pela qual não é recomendável a mudança de Adjunto. Se dentre as funções do Adjunto ou Raiz está a de atrair sempre a origem, não seria temerário retirar um componente dessa Raiz para emitir em outra, cujo conceito e origem diferem completamente de sua Raiz originária? Claro que sim! O prejuízo, no caso, será o de procrastinar, adiar ou inviabilizar o retorno desse componente à sua origem. Nesse ponto, salutar é a mensagem de Pai Seta Branca de 31 de dezembro de 1980: O homem é uma entidade espiritual que só pode ser feliz conhecendo o caminho de volta ao seu lar espiritual de sua origem, o seu reino, a personalidade em Deus. O processo para se voltar ao Supremo é um ramo de conhecimento diferente, e é preciso aprendê-lo no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A missão do Adjunto ou Raiz junto ao povo que por Deus lhe foi confiado é eminentemente transcendental. O Pai Seta Branca o confiou. É o que se depreende de sua Mensagem de 31 de dezembro de 1972: Filhos, voltemos a 1959, quando geograficamente distribuí vossa jornada às árduas estradas, que os conduziram até 1972 e os conduzirão a 1984, onde as grandes dores só encontrarão alívio nos simples olhares extraídos dos vossos corações. Por conseguinte, em cada cidade onde se ergue um Templo do Amanhecer, há o aval de Seta Branca a sustentar a jornada missionária daquele Adjunto que para ali se dirigiu por força de suas metas cármicas ou juras transcendentais. Por isso que Seta Branca nos adverte: “Filhos, o homem que tentar fugir de suas metas cármicas ou juras transcendentais será devorado ou se perderá como um pássaro que tenta voar na escuridão da noite!

Assim como o Adjunto ou Raiz não deve fugir de seus compromissos transcendentais, seus componentes por idênticos laços, também não. Por isso que o Trino Ajarã, Mestre Gilberto Zelaya tem sido taxativo sempre que está presente nos Templos para cumprimentar novos Mestres e Ninfas que acabaram de concluir o segundo passo iniciático. Ali ele recomenda que naquele Templo do Amanhecer, a responsabilidade pela condução daquele Povo foi entregue ao Adjunto que ali preside. Prossegue dizendo que se por acaso algum dia se tornar difícil a convivência com aquele Adjunto, o componente deve refletir intensamente e caso não encontre uma forma de se harmonizar com seu Adjunto é preferível que deixe a Corrente.

 Por sua vez o Trino Triada Tumarã, Mestre José Carlos é menos severo que o Trino Ajarã ao afirmar:  existem numerosos casos de componentes que entram em choque com seus Adjuntos, por motivos variados, que vão desde aspectos materiais até questionamentos sobre comportamento moral ou a conduta doutrinária do Adjunto. Essa é uma questão delicada, porquanto envolve uma série de ligações e ações transcendentais, devendo ser muito pesado na consciência e no coração do mestre. Dependendo do grau de incompatibilidade entre componente e Adjunto, é melhor que seja feito uma troca do que o médium deixar a Corrente.

 Por ter consciência das conseqüências de uma mudança abrupta de Adjunto ou Raiz disse-nos Koatay 108, nossa Mãe Clarividente: O teu sacerdócio é o teu Oráculo. Quando entras para um Adjunto, tu depositas tua herança transcendental nas mãos de um Ministro, que passa a te reger. Não deve ser tão fácil tomares daquele Ministro o que depositastes e dar a outro Ministro. Alguma coisa não fica bem naquela Contagem. O Ministro gastou muito contigo ou tu gastastes muito, confiado no teu Ministro. Tu te esqueces, porém o Ministro não! Por isso eu digo sempre a todos: venho de um mundo onde razões se encontram. Não temos erros! Existem muitas causas que podem levar a mudar de Adjunto. Há os que não precisam, mas sofrem  influências. É preciso falar com o Coordenador dos Templos Externos, Gilberto Zelaya, meu filho, Trino Herdeiro Ajarã e receba dele as explicações, e escute  onde estão as causas. Graças a Deus, foi uma das coisas boas que Deus colocou em meu caminho, porque ele tem a capacidade de ver os motivos pelos quais chegastes até mim. Com carinho, Gilberto Zelaya, Trino Herdeiro Ajarã, tenho certeza que fará ao meu lado, numa harmonia mandada por Pai Seta Branca, tudo o que eu sempre preciso (Tia Neiva, Lei Dharman Oxinto, 17.5.84).

As orientações claras da Clarividente podem ser compreendidas, com perfeição, até por alguém que não professe a Doutrina do Amanhecer, quanto mais por quem se encontre nela inserida. Com certeza, o integrante da Doutrina terá mais facilidade de assimilar o alerta deixado por nossa mãe Koatay 108.
                                                             
Esclarece nossa Mãe que o corpo físico é ornamentado pela herança transcendental – o mesmo que Charme. Quando fazemos as consagrações estamos justamente buscando as nossas heranças. (Tia Neiva, 9.10.84). Todos nós temos a centelha divina que vem do além de Deus. Esta centelha é o charme. É, também, o nosso Sol Interior, herança transcendental vinda dos grandes Sivans, poder absoluto que traz na Terra, os poderes da encarnação e da reencarnação. Poder, também, da reintegração e desintegração. (..). Venho ensinando que o Homem recebe de Deus, para sua encarnação, a centelha divina. Saindo de uma estufa, onde faz a sua cultura, ele vem até a Terra, onde escolhe a sua mãe. Volta, e recebe a centelha divina, que é uma energia extra-etérica que nos sustenta, no nosso plexo, até a nossa volta e que vai enterrada junto ao corpo físico, sempre zelado por alguém. Ora sai, ora fica ali mesmo, até que o dono possa voltar à Terra e começar a recebê-la para as curas de suas enfermidades e de seus entes queridos. Isso quando o Homem foi bom – automaticamente ele vai recebendo. (Tia Neiva, 28.1.85).

Portanto, é essa herança transcendental ou charme que é depositada nas mãos do Ministro, o qual passa a reger aquele componente. Daí não ser tarefa fácil tomar essa herança transcendental desse Ministro  e dá-la a outro Ministro. Alguma coisa não ficará bem nessa Contagem.

Ensina o Trino Tumarã:  o sucesso ou o fracasso de uma encarnação vai depender muito destes charmes, de como o espírito irá manipular as energias cármicas deixadas por ele. É pelo charme que os nossos cobradores nos descobrem e nos identificam. Como tivemos diversas encarnações, são diversos os charmes ou heranças transcendentais deixadas por cada um de nós. No entanto, de oitenta em oitenta dias mudamos nossa roupagem. Cada uma desta está relacionada com uma de nossas encarnações. O objetivo é resgatar todos os nossos charmes, o que implica, também, em nos reajustarmos por amor com todos aqueles espíritos que um dia tombaram pela força irredutível dos nossos tristes pensamentos.

Nesse particular o Adjunto ou Raiz tem crucial importância na evolução espiritual de seus componentes, pois sendo seu Ministro o responsável em administrar as heranças transcendentais daqueles integrantes, certamente também será o mediador nas questões relacionadas com a Lei de Causa e Efeito. Daí porque em alguns casos, o componente não tem bônus espiritual para pagar aquele débito transcendental e o Ministro nele investe, na perspectiva de que irá ressarci-lo com seu trabalho na Lei de Auxilio (O Ministro gastou muito contigo ou tu gastastes muito, confiado no teu Ministro. Tu te esqueces, porém o Ministro não!).

Toda força decrescente de um Adjunto segue pelo que é seu, o seu Aledá, o seu posto de receptividade na linha do seu Adjunto. (...). Porque somente um povo decrescente consagrado em uma força poderá emitir a sua energia no que é seu! Digo, no posto, na legião originalizada, na amplidão do que é seu, o seu Aledá, o seu Terceiro Sétimo. Não há condições de um mestre, sem as suas devidas consagrações, atingir o seu Terceiro Sétimo. As hierarquias o obrigam, uma vez que tudo é Ciência, precisão e amor. (...). Não há fenômenos sem a causa porque não há causas sem o fenômeno! E, dentro destes princípios, pensamos que valem a pena nossos esforços. O menor trabalho de um Adjunto é esse, que vemos, a olho nu, aqui no mundo físico. A grandeza, mesmo, é o que os meus olhos de Clarividente, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, tem registrado: são as chegadas dessas forças nas origens, onde quer que haja necessidade. Porque essa força – energia vital – é a libertação do espírito a caminho, é o alimento que arrebenta as correntes dos acrisolados, das vibrações da Terra (Tia Neiva, 9.10.79).

É de se concluir, pois, que um Adjunto ou Raiz tem uma relação bastante estreita com  aqueles que se encontram sob sua regência. Daí porque orienta a Clarividente: Um Adjunto é um Sétimo Raio de seu Ministro. Em outra passagem diz: Não te iludas, Adjunto Koatay 108, busque incessantemente as coisas duradouras. O teu dever é espalhar ao teu redor alegria, otimismo e caridade. Tolerância e amor são o teu lema, são a tua base eterna. Sejas tu mesmo a acender o teu Sol Interior, fazendo iluminar o Teu Aledá, onde abrigaste a Centelha Divina. Porque recebestes na seqüencia o Mantra de Koatay 108. Portanto, tu poderás dominar as rédeas dos teus atos. Busque dentro de ti mesmo a luz da compreensão, sabendo constantemente assimilar a dor. Sejas, exatamente, o que tu desejas ser. Não tentes te trair e nunca tentes, também, andar pelas sombras. Se um dia, por vaidade, fizeres o mal ou traíres a tua tribo, sentirás, então, chorar copiosamente o teu próprio EU, de arrependimento e frustração. Sim filho, serão necessários os teus sacrifícios.

O Adjunto Koatay 108, Herdeiro Triada Harpásios, 7° Raio Adjuração Arcanos Rama 2000 tem maiores poderes e de seu plexo saem focos luminosos de luz curadora e desobsessiva. Dependendo de sua mente, de sua sintonia, de sua conduta e do amor, humildade e tolerância, poderá emitir sua FORÇA-LUZ por todo este Universo, em Cristo Jesus. Realizará curas e dará paz aos desesperados apenas à sua passagem. Somente o amor e a humildade tornam o Homem iluminado. Este é o verdadeiro mago do evangelho, este é o meu verdadeiro filho! Este é o meu Adjunto Koatay 108, Herdeiro Triada Harpásios, 7° Raio Adjuração Arcanos Rama 2000. (Tia Neiva, 8.10.85).

Quanto à mudança de Adjunto Tia Neiva nos adverte: Existem muitas causas que podem levar a mudar de Adjunto. Há os que não precisam, mas sofrem  influências. Na atual conjuntura do Amanhecer, muitos componentes dos Templos do Amanhecer estão sendo influenciados a mudarem de Adjunto. Nossa Mentora é clara quando afirma que esses não precisariam dessa mudança. Destarte, uma mudança nessas circunstâncias alterará a contagem daquele componente. Qual seria o risco nessa hipótese? Tal mudança implicaria, forçosamente, na alteração da emissão. Daí não olvidarmos da lição da Clarividente: O mestre que alterar a sua emissão terá sobre si a responsabilidade de não ultrapassar o neutrom e, consequentemente, não será ouvido  e nem registrado pelos planos espirituais.

Por fim, não devemos esquecer as recomendações deixadas pela Clarividente, quanto à mudança de Adjunto. Somente o Trino Herdeiro Ajará, Mestre Gilberto Chaves Zelaya, está legitimado a autorizá-la. Nenhum outro Mestre recebeu dela tal incumbência. Destarte, o mestre que porventura tenha se afastado de sua Raiz ou Adjunto sem a permissão do Trino Ajarã deve refletir melhor sobre tal decisão, para que não venha a desperdiçar sua rica e feliz oportunidade reencarnatória. Adjunto Ogarian (Mestre Araujo)