A formação de Adjuntos Koatay 108
(atualmente Arcanos) foi feita para estabelecer uma hierarquia dentro da
Corrente, um elo de sustentação das forças, cada um recebendo sua consagração
que o vincula a um Ministro. Passou, assim, a se constituir no poder básico da
Corrente do Amanhecer, sendo seus componentes integrados pelos médiuns –
Doutrinadores e Aparas – que a ele devem filiar-se após o Curso de Pré-Centúria,
no caso de médiuns desenvolvidos no Templo-Mãe. Os Adjuntos Presidentes de Templos Externos já compõem seus povos
com a totalidade dos médiuns locais.
Em carta datada de 01.09.77, Tia
Neiva afirma: Sabendo que tudo que atinge a Humanidade tem a sua
Raiz ou Adjunto, que trabalha distintamente em seus Oráculos, em sintonia
cabalística, vamos, meu filho, penetrar no mundo encantado de
Simiromba, nosso Pai e de seus Ministros.
E possível depreender-se dessa
afirmação da Clarividente que cada Adjunto ou Raiz representa um
Ministro, o qual trabalha de forma inconfundível, distinta, em seu respectivo
Oráculo. Assim, por exemplo, se ele é um doutrinador, de acordo com
sua especificidade, pode exercer seu trabalho no Oráculo de Simiromba ou no
Oráculo de Obatalá. Caso esse Adjunto seja um Apará, sua sintonia cabalística
será o Oráculo de Olorum.
No dia 1° de maio de 1978, na
Estrela Candente, foram consagrados os Adjuntos Rama e em 23 de julho do mesmo
ano, foram consagrados os povos dos Adjuntos Koatay 108 – Arjuna Rama -, que
receberam a sua Lei, em ritual feito por Tia Neiva, realizado na Cabala
especialmente construída para a realização desse importante evento doutrinário
do Amanhecer.
Tia Neiva esclarece o
significado desse ritual: Um grande
tribo partia para a guerra de suas novas conquistas quando um despertar de amor
a fez voltar até o Santuário, pedindo a Amon-Rá que abençoasse aquele povo.
Esta iniciação, atravessando séculos, chegou até aqui. Arjuna Rama entra no
Oráculo – ou Santuário, com uma lança na mão, escoltado por ninfas Dharman Oxinto.
No portão do Santuário pergunta à I Solitária Yuricy se pode se espiritualizar.
Esta vai à presença do Sacerdote, que está com os poderes de Koatay 108, que
lhe responde: se for por bem, diga-lhe que entre. Ele entra e recebe os poderes
que lhe são merecidos, sal e perfume, pelas seguintes palavras: EU TE CONSAGRO
KOATAY 108! Em seguida toma o vinho e vai até o Trino, que lhe concede a graça
pedindo que traga à sua frente o seu povo, a sua tropa, como disse Amon-Rá,
fazendo daquele valente comandante de outrora um Arjuna Rama. Depois do
consentimento do Trino, volta ao Santuário, onde Koatay 108 ou seu
representante lhe dará a Lei, que significa o Roteiro de sua jornada. Com a
mudança de seus sentimentos, vai pedir outra vez a Koatay 108 para espiritualizar
seu povo, que entra no Santuário e se espiritualiza. Arjuna Rama recebe o sal e
o vinho e, em frente aos seus Capu-Anês – Sétimos Raios – faz, de joelhos, seu
termo: o Juramento. Então, segue com o seu povo.
O Adjunto ou Raiz tem toda a
regalia na Doutrina, porém, tem que respeitar as Leis do Amanhecer. Sendo
Adjunto, seus direitos envolvem todos os trabalhos existentes na Corrente
Indiana do Oriente Maior, na Linha do Amanhecer, quero dizer: Linha Iniciática.
A Corrente Mestra vem dessa Corrente Indiana. Simiromba é a junção de sete
Raízes, segundo sua necessidade, porque filho, saiba, pois, que as forças não se deslocam em vão. Segundo posso explicar, cada Raiz tem o seu
conceito, porque atrai sempre a origem.
Uma Raiz é algo, por exemplo, com um estado de acomodação de forças em
movimento de destaque. Podemos considerar que as Raízes foram formadas pelos
Grandes Iniciados na Terra, assim como nós estamos tentando homogeneizar a Raiz
do Amanhecer, bem como, também, uma contagem para um Adjunto. Uma contagem só
se forma pelos seguintes médiuns: Orixá, na Linha Afro, Arjuna Rama, na
Corrente Indiana, que tem como sinônimo o Primeiro Sétimo, Adjunto Koatay 108
Arjuna Rama (tradução: Multiplicação Divina); VII Raio – D’Havaki Gita
(tradução: Ilimitado); VI Raio – D’Hira (tradução: Continuação). As Ninfas Sol
Yuricy são as Ninfas classificadas para as invocações e consagrações. (Tia
Neiva, 23.7.78).
Vê-se, pois, que é obrigação de
um Adjunto o absoluto respeito às Leis do Amanhecer. Por força de suas atribuições
deve zelar pela manutenção de todos os trabalhos que estão sobre a égide da
Corrente Mestra, a qual é originária da Corrente Indiana do Oriente Maior. É
esta Corrente que ordena o intercâmbio dos Trabalhos Oficiais e dos Retiros,
desde que sejam observados os horários e, além disso, deposita nos plexos dos
Orixás ali escalados, as energias necessárias ao atendimento na Lei de Auxílio.
Observe-se que
compete aos Orixás a invocação da Corrente Mestra, porém com o entendimento de
que as forças ali invocadas não se
deslocarão em vão. Toda força é
enviada na medida exata ao atendimento da necessidade do trabalho. Nem mais,
nem menos.
É com muita
propriedade que nossa Mãe Clarividente afirma que cada Raiz ou Adjunto tem o seu conceito, porque atrai sempre a origem.
Não há um Adjunto igual ao outro, assim como não há um ser humano igual ao
outro. A característica que o torna diferente é a sua individualidade. Cada
um de nós é um ser singular, único e um dia fomos por Deus criado à sua imagem
e semelhança. A Prece de Sabah nos dá essa convicção: Eu sou nascido de Deus, puro dos
puros e sendo feito à sua imagem e semelhança, sou puro. A vida de Deus é a
minha vida e com ele vibro em harmonia e integridade.
O pequeno
detalhe é que essa Raiz ou Adjunto, não obstante suas particularidades, atrai
sempre a origem. E nesse ponto emerge, de forma límpida, a razão pela
qual não é recomendável a mudança de Adjunto. Se dentre as funções do
Adjunto ou Raiz está a de atrair sempre a origem, não seria temerário retirar
um componente dessa Raiz para emitir em outra, cujo conceito e origem diferem
completamente de sua Raiz originária? Claro que sim! O prejuízo, no caso, será o de procrastinar, adiar ou inviabilizar o
retorno desse componente à sua origem. Nesse ponto, salutar é a
mensagem de Pai Seta Branca de 31 de dezembro de 1980: O homem é uma entidade espiritual
que só pode ser feliz conhecendo o caminho de volta ao seu lar espiritual de
sua origem, o seu reino, a personalidade em Deus. O processo para se voltar ao
Supremo é um ramo de conhecimento diferente, e é preciso aprendê-lo no
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A missão do Adjunto ou Raiz junto
ao povo que por Deus lhe foi confiado é eminentemente transcendental. O Pai
Seta Branca o confiou. É o que se depreende de sua Mensagem de 31 de dezembro
de 1972: Filhos,
voltemos a 1959, quando geograficamente distribuí vossa jornada às árduas
estradas, que os conduziram até 1972 e os conduzirão a 1984, onde as
grandes dores só encontrarão alívio nos simples olhares extraídos dos vossos
corações. Por conseguinte, em cada cidade onde se
ergue um Templo do Amanhecer, há o aval de Seta Branca a sustentar a jornada
missionária daquele Adjunto que para ali se dirigiu por força de suas metas cármicas ou juras transcendentais.
Por isso que Seta Branca nos adverte: “Filhos,
o homem que tentar fugir de suas metas cármicas ou juras transcendentais
será devorado ou se perderá como um pássaro que tenta voar na escuridão da
noite!”
Assim como o Adjunto ou Raiz não deve fugir de seus compromissos
transcendentais, seus componentes por idênticos laços, também não. Por isso que
o Trino Ajarã, Mestre Gilberto Zelaya tem sido taxativo sempre que está
presente nos Templos para cumprimentar novos Mestres e Ninfas que acabaram de concluir
o segundo passo iniciático. Ali ele
recomenda que naquele Templo do Amanhecer, a responsabilidade pela condução
daquele Povo foi entregue ao Adjunto que ali preside. Prossegue dizendo que se
por acaso algum dia se tornar difícil a convivência com aquele Adjunto, o
componente deve refletir intensamente e caso não encontre uma forma de se
harmonizar com seu Adjunto é preferível que deixe a Corrente.
Por sua vez o Trino Triada Tumarã, Mestre José
Carlos é menos severo que o Trino Ajarã ao afirmar: existem
numerosos casos de componentes que entram em choque com seus Adjuntos, por
motivos variados, que vão desde aspectos materiais até questionamentos sobre
comportamento moral ou a conduta doutrinária do Adjunto. Essa é uma questão
delicada, porquanto envolve uma série de ligações e ações transcendentais,
devendo ser muito pesado na consciência e no coração do mestre. Dependendo do
grau de incompatibilidade entre componente e Adjunto, é melhor que seja feito
uma troca do que o médium deixar a Corrente.
Por ter consciência das conseqüências de
uma mudança abrupta de Adjunto ou Raiz disse-nos Koatay 108, nossa Mãe
Clarividente: O teu sacerdócio é o
teu Oráculo. Quando entras para um
Adjunto, tu depositas tua herança transcendental nas mãos de um Ministro, que passa
a te reger. Não deve ser tão
fácil tomares daquele Ministro o que depositastes e dar a outro Ministro.
Alguma coisa não fica bem naquela
Contagem. O Ministro gastou
muito contigo ou tu gastastes muito, confiado no teu Ministro. Tu te esqueces,
porém o Ministro não! Por isso eu digo sempre a todos: venho de um mundo onde razões se encontram. Não temos erros! Existem
muitas causas que podem levar a mudar de Adjunto. Há os que não precisam, mas sofrem influências. É preciso falar com o Coordenador dos Templos
Externos, Gilberto Zelaya, meu filho, Trino Herdeiro Ajarã e receba dele as
explicações, e escute onde estão as
causas. Graças a Deus, foi uma das coisas boas que Deus colocou em meu caminho,
porque ele tem a capacidade de ver os motivos pelos quais chegastes até mim.
Com carinho, Gilberto Zelaya, Trino Herdeiro Ajarã, tenho certeza que fará ao meu
lado, numa harmonia mandada por Pai Seta Branca, tudo o que eu sempre preciso (Tia
Neiva, Lei Dharman Oxinto, 17.5.84).
As orientações
claras da Clarividente podem ser compreendidas, com perfeição, até por alguém
que não professe a Doutrina do Amanhecer, quanto mais por quem se encontre nela
inserida. Com certeza, o integrante da Doutrina terá mais facilidade de
assimilar o alerta deixado por nossa mãe Koatay 108.
Esclarece nossa
Mãe que o corpo físico é ornamentado
pela herança transcendental – o mesmo que Charme. Quando fazemos as
consagrações estamos justamente buscando as nossas heranças. (Tia
Neiva, 9.10.84). Todos nós temos a
centelha divina que vem do além de Deus. Esta
centelha é o charme. É, também, o nosso Sol Interior, herança transcendental
vinda dos grandes Sivans, poder absoluto que traz na Terra, os poderes da
encarnação e da reencarnação. Poder, também, da reintegração e desintegração.
(..). Venho ensinando que o Homem
recebe de Deus, para sua encarnação, a centelha divina. Saindo de uma
estufa, onde faz a sua cultura, ele vem até a Terra, onde escolhe a sua mãe.
Volta, e recebe a centelha divina,
que é uma energia extra-etérica que
nos sustenta, no nosso plexo, até a nossa volta e que vai enterrada junto ao
corpo físico, sempre zelado por alguém. Ora sai, ora fica ali mesmo,
até que o dono possa voltar à Terra e começar a recebê-la para as curas de suas
enfermidades e de seus entes queridos. Isso quando o Homem foi bom –
automaticamente ele vai recebendo. (Tia Neiva, 28.1.85).
Portanto, é essa herança transcendental ou charme
que é depositada nas mãos do Ministro, o qual passa a reger aquele componente.
Daí não ser tarefa fácil tomar essa herança
transcendental desse Ministro e dá-la a
outro Ministro. Alguma coisa não ficará bem nessa Contagem.
Ensina o Trino
Tumarã: o sucesso ou o fracasso de uma encarnação vai depender muito destes
charmes, de como o espírito irá manipular as energias cármicas deixadas por
ele. É pelo charme que os nossos cobradores nos descobrem e nos identificam.
Como tivemos diversas encarnações, são diversos os charmes ou heranças
transcendentais deixadas por cada um de nós. No entanto, de oitenta em oitenta
dias mudamos nossa roupagem. Cada uma desta está relacionada com uma de nossas
encarnações. O objetivo é resgatar
todos os nossos charmes, o que implica, também, em nos reajustarmos por amor
com todos aqueles espíritos que um dia tombaram pela força irredutível dos
nossos tristes pensamentos.
Nesse
particular o Adjunto ou Raiz tem
crucial importância na evolução espiritual de seus componentes, pois
sendo seu Ministro o responsável em administrar as heranças transcendentais daqueles
integrantes, certamente também será o mediador nas questões relacionadas com a
Lei de Causa e Efeito. Daí porque em alguns casos, o componente não tem bônus
espiritual para pagar aquele débito transcendental e o Ministro nele investe,
na perspectiva de que irá ressarci-lo com seu trabalho na Lei de Auxilio (O
Ministro gastou muito contigo ou tu gastastes muito, confiado no teu Ministro.
Tu te esqueces, porém o Ministro não!).
Toda
força decrescente de um Adjunto segue pelo que é seu, o seu Aledá, o seu posto
de receptividade na linha do seu Adjunto. (...). Porque somente um povo
decrescente consagrado em uma força poderá emitir a sua energia no que é seu!
Digo, no posto, na legião originalizada, na amplidão do que é seu, o seu Aledá,
o seu Terceiro Sétimo. Não há condições
de um mestre, sem as suas devidas consagrações, atingir o seu Terceiro Sétimo.
As hierarquias o obrigam, uma vez que tudo é Ciência, precisão e amor.
(...). Não há fenômenos sem a causa porque não há causas sem o fenômeno! E,
dentro destes princípios, pensamos que valem a pena nossos esforços. O menor
trabalho de um Adjunto é esse, que vemos, a olho nu, aqui no mundo físico. A
grandeza, mesmo, é o que os meus olhos de Clarividente, em nome de Nosso Senhor
Jesus Cristo, tem registrado: são as
chegadas dessas forças nas origens, onde quer que haja necessidade. Porque essa
força – energia vital – é a libertação do espírito a caminho, é o alimento que
arrebenta as correntes dos acrisolados, das vibrações da Terra (Tia Neiva,
9.10.79).
É de se
concluir, pois, que um Adjunto ou Raiz tem uma relação bastante
estreita com aqueles que se encontram
sob sua regência. Daí porque orienta a Clarividente: Um
Adjunto é um Sétimo Raio de seu Ministro. Em outra passagem diz:
Não te iludas, Adjunto Koatay 108, busque
incessantemente as coisas duradouras. O teu dever é espalhar ao teu redor
alegria, otimismo e caridade. Tolerância e amor são o teu lema, são a tua base
eterna. Sejas tu mesmo a acender o teu Sol Interior, fazendo iluminar o Teu
Aledá, onde abrigaste a Centelha Divina. Porque recebestes na seqüencia o
Mantra de Koatay 108. Portanto, tu poderás dominar as rédeas dos teus atos.
Busque dentro de ti mesmo a luz da compreensão, sabendo constantemente
assimilar a dor. Sejas, exatamente, o que tu desejas ser. Não tentes te trair e
nunca tentes, também, andar pelas sombras. Se um dia, por vaidade, fizeres
o mal ou traíres a tua tribo, sentirás, então, chorar copiosamente o teu
próprio EU, de arrependimento e frustração. Sim filho, serão necessários os
teus sacrifícios.
O Adjunto Koatay 108, Herdeiro Triada
Harpásios, 7° Raio Adjuração Arcanos Rama 2000 tem maiores poderes e de seu
plexo saem focos luminosos de luz curadora e desobsessiva. Dependendo de sua
mente, de sua sintonia, de sua conduta e do amor, humildade e tolerância, poderá
emitir sua FORÇA-LUZ por todo este Universo, em Cristo Jesus. Realizará curas e
dará paz aos desesperados apenas à sua passagem. Somente o amor e a humildade
tornam o Homem iluminado. Este é o verdadeiro mago do evangelho, este é o meu
verdadeiro filho! Este é o meu Adjunto Koatay 108, Herdeiro Triada Harpásios,
7° Raio Adjuração Arcanos Rama 2000. (Tia
Neiva, 8.10.85).
Quanto à
mudança de Adjunto Tia Neiva nos adverte: Existem muitas causas que podem levar a
mudar de Adjunto. Há os que não precisam, mas sofrem influências.
Na atual conjuntura do Amanhecer, muitos componentes dos Templos do
Amanhecer estão sendo influenciados a mudarem de Adjunto. Nossa Mentora é clara
quando afirma que esses não precisariam dessa mudança. Destarte, uma mudança
nessas circunstâncias alterará a contagem daquele componente. Qual seria o
risco nessa hipótese? Tal mudança implicaria, forçosamente, na alteração da
emissão. Daí não olvidarmos da lição da Clarividente: O
mestre que alterar a sua emissão terá sobre si a responsabilidade de não
ultrapassar o neutrom e, consequentemente, não será ouvido e nem registrado pelos planos espirituais.
Por fim, não
devemos esquecer as recomendações deixadas pela Clarividente, quanto à mudança
de Adjunto. Somente o Trino Herdeiro Ajará, Mestre Gilberto Chaves Zelaya, está
legitimado a autorizá-la. Nenhum outro Mestre recebeu dela tal
incumbência. Destarte, o mestre que porventura tenha se afastado de sua Raiz ou
Adjunto sem a permissão do Trino Ajarã deve refletir melhor sobre tal decisão,
para que não venha a desperdiçar sua rica e feliz oportunidade reencarnatória. Adjunto
Ogarian (Mestre Araujo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário