MENSAGEM
AO POVO OGARIAN – 08/07/2014
Salve Deus!
Mestres
e Ninfas da Doutrina do Amanhecer, estamos em julho do ano de 2015, ou seja,
ano em que se completa 30 (trinta) anos que Neiva Chaves Zelaya, por nós
carinhosamente chamada de Tia Neiva[1], concluiu
sua tarefa missionária neste Plano Físico.
Após
sua partida para os mundos espirituais, a doutrina que ela nos legou, continuou
a ser aplicada de forma gradual, ininterrupta e progressiva. A estrutura
hierárquica por ela deixada, não obstante os reveses oriundos da personalidade
transitória, permitiu que seus dirigentes, de uma forma ou de outra, dessem
continuidade ao sacerdócio evangélico e iniciático deixados pela fundadora da
UESB-União Espiritualista Seta Branca, a qual, posteriormente, se transformou
na OSOEC – Obras Sociais da Ordem Espiritualista Cristã Vale do Amanhecer.
Destarte, não houve solução de continuidade na
aplicação dos conhecimentos doutrinários integrantes do seu acervo, nem
tampouco se deixou de praticar o mediunismo[2]
nos moldes por ela traçados.
A
Doutrina do Amanhecer, após a partida de Tia Neiva, expandiu-se no território
nacional[3] e no
exterior já começa a despontar com a instalação de alguns Templos do Amanhecer.
Tal movimento expansionista tem sido coordenado e
dirigido pelo primeiro Doutrinador do Amanhecer e filho primogênito de Tia
Neiva[4],
Gilberto Chaves Zelaya – Trino Ajarã, chamado pelos médiuns de Beto[5],
ladeado de sua esposa e Primeira Aponara Missionária[6]
Nair Chaves Zelaya.
O Trino Ajarã, em 1984, recebeu por escrito, de Pai
Seta Branca e de sua mãe, a missão de ser o Coordenador Geral dos Templos do
Amanhecer, incumbindo-se a partir daí de realizar nesses Templos, a pedidos de
seus respectivos Adjuntos Presidentes, todos os rituais e consagrações
pertinentes à Doutrina do Amanhecer, como forma de permitir o progresso
evolutivo e doutrinário dos médiuns neles existentes.
Em março de 2009, com a alteração do Estatuto da
OSOEC e introdução nele de dispositivos incompatíveis com os Templos do
Amanhecer e, também, por inobservância do princípio hierárquico deixado pela
Clarividente, baseada no respeito aos Trinos por ela consagrados, o Trino Ajarã
houve por bem registrar a então Coordenação
Geral dos Templos do Amanhecer – CGTA, como entidade jurídica, o que foi
feito com o arquivo de seu Estatuto no cartório competente, obedecendo-se, com
rigor, a legislação vigente.
Tal iniciativa gerou o repúdio da OSOEC, a qual
tentou perante o Poder Judiciário, através de ação judicial, a nulidade do registro da CGTA, não conseguindo,
porém, seu intento, eis que julgada
improcedente em primeira e segunda instâncias, sua pretensão anulatória.
No entanto tal iniciativa da OSOEC provocou na
maioria dos Templos do Amanhecer até então instalados, cerca de seiscentos
(600), dúvidas e incertezas que atingiu de chofre seus integrantes, visto que
muitos foram levados a crer que tal atitude por ter sido originada no
Templo-Mãe estaria passível de credibilidade, visto que ali convivera a mentora
responsável pela Doutrina do Amanhecer.
Com o andamento do processo judicial, a Justiça
concluiu que a Coordenação Geral dos Templos do Amanhecer tinha legitimidade
para o exercício de sua principal finalidade, qual seja, a de exercer o
gerenciamento dos Templos do Amanhecer, através do seu Coordenador Geral,
Mestre Gilberto Zelaya, sem prejuízo dos Templos do Amanhecer sob sua direção,
se utilizarem de todo o acervo doutrinário deixada pela Clarividente e
fundadora da Ordem Espiritualista Cristã Vale do Amanhecer.
O processo judicial, porém, tramitou durante mais
de dois (2) anos, razão pela qual durante esse interregno os dirigentes da
OSOEC, induziram dezenas e centenas de médiuns oriundos dos Templos do
Amanhecer a compactuarem com suas orientações e disposições inseridas em seu
novo Estatuto.
Isso foi o bastante para aqueles que aderiram
àquelas orientações se insurgissem contra sua própria Raiz ou Adjunto, violando, pois, um dos pilares da Doutrina, qual
seja o princípio da hierarquia, de
observância obrigatória nos Templos do Amanhecer.
Ao contrariarem esse elementar princípio tão bem ensinado pela Clarividente durante sua estadia
terrena, os seus infratores se permitiram de livre e espontânea vontade não
observarem o respeito à força
decrescente, força essa coordenada e dirigida pelo Adjunto de Povo (o
Presidente do Templo).
E assim o fizeram embalados pela falsa assertiva de que as raízes
principais da doutrina se encontravam no Templo-Mãe, nas figuras dos veteranos
arcanos classificados pela Clarividente. Assim, se o Adjunto Presidente fosse
originário de uma Raiz, cujo representante se encontrasse no Templo-Mãe, nela
poderiam ingressar sem quaisquer prejuízos às suas jornadas missionárias, o que
não é verdade.
Esse o grande equívoco a que muitos foram
submetidos, visto que ao procederem dessa forma violaram flagrantemente a LEI DO ADJUNTO, colocando em risco a
missão que a cada um foi confiada, pois implicou, forçosamente, em alteração de
suas emissões e, quiçá de suas metas cármicas ou juras transcendentais. Como
nos adverte Pai Seta Branca: “O homem
que tentar fugir de suas metas cármicas ou juras transcendentais será devorado
ou se perderá como um pássaro que tenta voar na escuridão da noite. ”
É sabido que quando o médium ingressa em um Adjunto
ele deposita suas heranças
transcendentais nas mãos de um Ministro que passa a regê-lo. Segundo nossa
Mãe Clarividente, não é tão fácil tirar das mãos de um Ministro e colocar nas
mãos de outro, alguma coisa não fica bem nessa contagem, dizia ela. O Ministro
investiu muito em você ou você gastou muito confiado nesse Ministro. Você se
esquece, porém, o Ministro não. Por isso ela afirmava: venho de um mundo onde as razões se encontram.
Assim, em princípio, se poderia vislumbrar uma
conduta não compatível com as orientações trazidas dos Mundos Espirituais Superiores.
Porém, para não se cometer nem uma injustiça e, considerando-se que no âmbito
de nossa corrente, os reajustes cármicos ocorrem com muita frequência, visto
que somos um grupo com diversas encarnações vividas neste Planeta, por cautela,
não devemos cair no padrão do julgamento, imputando responsabilidade ao
dirigente A ou B. Nessa intrincada teia cármica, às vezes não é possível
definir com nitidez quem seria a vítima ou o algoz.
Dessa maneira, não se pode afirmar com precisão,
quem é o detentor da razão e da verdade, mormente considerando-se que a razão
que nos guia, às vezes é a mesma que nos condena. O fato é que temos de agir
com absoluta isenção e jamais tomarmos partido de A ou de B. Não sabemos se o que estamos vivenciando faz parte de um planejamento
cármico meticuloso ou, se tudo isso, não passa de um descuido daqueles que
teriam a obrigação maior de nos conduzir com segurança para uma Nova Era.
A ausência
de uma resposta precisa sobre essa trama cármica nos induz a, pelo menos,
acendermos a luz da desconfiança. Por cautela, convém ao missionário da última
hora, uma atitude mais consentânea com os princípios doutrinários que nos foram
ensinados, tais como o amor, a tolerância, a humildade, o perdão, a
compreensão, dentre outros. Se nada acontece
por acaso e tudo tem sua razão de ser, até neste triste episódio que estamos
vivenciando, dele é possível extrair uma lição.
A primeira é a de que a Doutrina do Amanhecer, no geral, não restou abalada. Os trabalhos
mediúnicos têm sido feitos em todos os Templos do Amanhecer. Com raríssimas
exceções, os aspectos ritualísticos têm
sido preservados. A libertação dos espíritos acrisolados no ódio, na
inveja, no ciúme e no desespero, tem sido processada regularmente. Nota-se, que
houve evidente expansão da Doutrina do Amanhecer fora das dependências do
Templo-Mãe.
Para tanto, não se pode negar o trabalho
ininterrupto, hercúleo, exaustivo, que tem sido realizado pelo Mestre Gilberto
Zelaya – Trino Ajarã, no âmbito dos Templos do Amanhecer. Ele tem se desdobrado
para permitir aos mestres e ninfas desses Templos a disporem das mesmas
oportunidades de trabalho mediúnico que dispõem aqueles médiuns que frequentam
o Templo-Mãe. Assim, têm autorizado, nos Templos do Amanhecer, em algumas
localidades, a construção de novas Estrelas Candentes, Quadrantes, Turiganos e
Estrelas Sublimação.
Não restam dúvidas que esses trabalhos têm
proporcionado a libertação de milhares e milhares de espíritos encarnados e
desencarnados. Em outras palavras, a
Doutrina do Amanhecer aumentou
consideravelmente seu potencial na Lei
de Auxílio. Esse fato é inegável. Destarte, se raciocinarmos por esse
ângulo, caso não tivessem ocorrido todos esses acontecimentos, talvez hoje
estaríamos acomodados e apenas desfrutando das maravilhas do misticismo.
Por tudo isso, impõe-se que reflitamos com isenção sobre todos os acontecimentos ocorridos no
âmbito da Doutrina do Amanhecer, para que não sejamos levados, por
precipitação, a erguermos bandeiras, as quais não têm o condão de nos conduzirem de volta às nossas origens.
Sabemos todos que a maneira de retornarmos ao
Supremo é um meio de conhecimento diferente e devemos aprendê-lo no Evangelho
de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, antes de criticarmos quem quer que seja ou
atribuirmos responsabilidade ao dirigente A ou B, porque não sermos, como nos
ensina o Mestre da Clarividente, Umarran, mais
severo conosco mesmos?
O crescimento e a expansão doutrinária, certamente,
deverão ser processados com cautela, respeito e, acima de tudo, com absoluta
coerência e fidelidade ao grande acervo trazido do Plano Espiritual por Tia
Neiva, condição essencial para o completo êxito de nossa missão terrena.
Não acredito que os mentores e guias das Correntes
Brancas do Oriente Maior e Indiana do Espaço têm deixado seus filhos à mercê de
seus próprios desatinos, de seus próprios carmas. No meu singelo modo de ver,
tudo que tem ocorrido está sob a benção de Deus. Chegará o dia em que não
haverá mais razão para triunfar os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, os quais
representam a desventura, a ira, a epidemia
e a fome.
Não é possível acreditar que a missão do Jaguar
neste planeta em fase de transição irá naufragar por ações isoladas de alguns.
Os investimentos dos Planos Siderais para que fosse permitido a volta do Jaguar
foram elevados. Assim, ele pode sim desempenhar a missão que lhe foi confiada e
ser um feliz instrumento da libertação de espíritos que se encontram
acrisolados no ódio e em busca de uma vingança desproporcionada. Somente o
Jaguar, poderá colocá-lo a caminho de Deus Pai Todo Poderoso.
Essas são as minhas modestas impressões. Peço ao
Povo Ogarian que não compactuem com bandeiras que estão se erguendo, todas elas
com o propósito de união, porém, no íntimo, defendendo com dureza e
inflexibilidade seus posicionamentos. A união virá, com certeza, porém, pelo
amor incondicional, pela prática dos princípios que nos foram ensinados por
nossa Mãe e Mentora.
No mais, para não desperdiçarmos nosso precioso
tempo por estes carreiros terrestres, vamos trabalhar com afinco na Lei de
Auxílio, confiantes de que o exercício pleno de nosso sacerdócio nos evoluirá e
nos conduzirá de volta às nossas origens, ao nosso Planeta Mãe (Capela).
Adjunto Ogarian (Mestre Araujo).
[1]
Tia Neiva desencarnou no dia 15 de novembro de 1985.
[2]
Mediunismo é o conjunto técnico-doutrinário que estabelece as maneiras de
manipulação da mediunidade. (SASSI, Mário.
No limiar do Terceiro Milênio,
2ª.ed. Brasília: Editora Vale do Amanhecer, 1974. p. 20.
[3] A
Coordenação dos Templos do Amanhecer já tem cadastrado em seus arquivos 800
(oitocentos) Templos no Brasil.
[4] Os
demais são Carmem Lúcia, Raul e Vera. Gerturdes (Tistude) é considerada filha
adotiva de Tia Neiva.
[5]
Sua classificação doutrinária é Trino Ajarã, Presidente Triada Arcanos, Raio
Adjuração Harpasios Rama 2000.
[6] A
falange missionára Aponara é composta em sua maioria por ninfas companheiras ou
esposas dos Presidentes dos Templos do Amanhecer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário