quinta-feira, 19 de outubro de 2017

UM REINO DIVIDIDO À LUZ DO EVANGELHO




UM REINO DIVIDIDO À LUZ DO EVANGELHO
         No Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo encontramos uma passagem de crucial importância para a subsistência dos países, dos grupos, das cidades, das comunidades, das famílias, dos sacerdócios, em outras palavras, dos governos neles existentes.
         Em Mateus, capítulo 12, versículo 25 está escrito: Mas Jesus conhecia os pensamentos deles e disse: - O país que se divide em grupos que lutam entre si também será destruído. E a cidade ou a família que se divide em grupos que lutam entre si também será destruída.
         A advertência do Mestre Divino tem a autoridade do espírito da verdade, cujo teor e consistência não há como se refutar. Em qualquer circunstância, um reino dividido será um reino menor e, consequentemente não sobreviverá.  Ao contrário, um reino unido trará prosperidade ao povo que nele habita e, com certeza, subsistirá, pois todos estarão trabalhando em favor de sua perenidade e de sua sustentabilidade.
         O que durante a história da humanidade terrena provocou a ruína de países, cidades, reinos e impérios, foi sem dúvida, a divisão que se abateu entre seus integrantes. A comoção intestina tem o condão de desestabilizar qualquer grupo ou seguimento social, político, religioso ou doutrinário.
         Há cinquenta anos, um ser de extrema capacidade espiritual e com uma bagagem transcendental ímpar, foi designado por Nosso Senhor Jesus Cristo para implantar um sacerdócio evangélico e iniciático neste Planeta Terra.
         A missão que lhe coube nos altiplanos espirituais, de unificar uma tribo, cujos integrantes, em sua maioria, espíritos milenares, os quais, não obstante a rica experiência e bagagem transcendental neles existentes, estavam se perdendo e se distanciando de suas origens divinas, eis que não estavam aproveitando suas oportunidades reencarnatórias a contento dos Grandes Iniciados que os regiam e que, ainda, os regem.
         Essa tribo a conhecemos como a Tribo dos Jaguares, todos espíritos de grande bagagem transcendental, os quais há trinta e dois mil anos se encontram neste Planeta. Há dois mil e quinhentos anos essa tribo vêm sendo preparada para esta missão no limiar do Terceiro Milênio.
         A missão de Neiva Chaves Zelaya – Tia Neiva, por estes carreiros terrestres foi tão rápida como a passagem de um cometa. Aos trinta e três anos de idade, ao ficar viúva, foi despertada para sua grande missão. Em 1958 fundou a União Espiritualista Seta Branca – UESB. Num lapso temporal de vinte e sete anos dedicou-se  de corpo e alma à consolidação da Doutrina do Amanhecer. Em 15 de novembro de 1985 completa sua missão terrena com sessenta anos de idade.
         A UESB foi instalada na Serra do Ouro, uma área rural próxima a Alexânia, Goiás. Ali, com o auxílio de Mãe Nenen, ela permaneceu por cinco anos atendendo as pessoas necessitadas espiritualmente. Nesse período ela recebeu aulas de um monge tibetano, na época encarnado no Mosteiro de Lhasa, o qual teria sido designado por Seta Branca, para instrui-la e prepara-la para sua grande e honrosa missão.
         Na UESB, em companhia de seus filhos, familiares, amigos e médiuns que ingressavam nesse grupo, passou por diversas experiências de amor, tolerância e humildade, algumas alegres, outras tristes, porém, de grande importância em sua preparação mediúnica para fins de união da tribo dos Jaguares, sob a regência de seu principal líder, o Simiromba de Deus, Seta Branca, o grandioso espírito do poder iniciático.
         Terminado seu aprendizado na Serra do Ouro, Tia Neiva, com seu grupo dirigiu-se para Taguatinga (DF), ali permanecendo por cinco anos, vivendo os dias agitados que sobreveio à revolução de 1964.  Nessa cidade fundou a Ordem Espiritualista Cristã, para dar continuidade ao seu trabalho mediúnico.
         Em novembro de 1969, por orientação da espiritualidade, se estabeleceu na zona rural de Planaltina (DF), no local onde passou a ser denominado de Vale do Amanhecer. Nesse local ela consolidou a Doutrina do Amanhecer, trazendo todas as Leis e Chaves Ritualísticas e unificando a tribo de Jaguares, através de hercúleo trabalho doutrinário de conscientização e esclarecimento desses antigos personagens da história da civilização humana.
         Como dito, a clarividente conclui sua jornada missionária em 15 de novembro de 1985, deixando uma doutrina unificada e íntegra, com todas as condições para sua continuidade no Planeta, visto que segundo orientação de Seta Branca, a missão do Jaguar na Terra é para um período de aproximadamente trezentos (300) anos, destes já decorreram cinquenta (50).
         O desenlace de nossa mentora, porém, abalou bastante seus principais líderes imediatos, os Trinos Presidentes Triadas, os quais tiveram grandes dificuldades de manterem o entendimento e a harmonia na condução do sacerdócio implantado pela Clarividente.
         O grande desafio dos Trinos Presidentes Triadas, desde o início, foi estabelecer um clima de harmonia com os familiares da fundadora da Ordem, dentre eles o filho primogênito da Clarividente, cuja missão por ela outorgada, estava a Coordenação dos Templos do Amanhecer, nessa época denominados de Templos Externos.
         No Templo-Mãe, o sucessor de Tia Neiva de maior hierarquia doutrinária, Mestre Mário Sassi – Trino Tumuchy, juntamente com os Trinos Araken e Sumanã (Nestor Sabatovicz e Michael Hanna), mantêm a condução dos trabalhos mediúnicos, os quais, por força deles já estarem consolidados e ao alcance do corpo mediúnico, haveria de sustentar-se por si sós, independentemente de quaisquer orientações de seus líderes hierárquicos.
         No Templo-Mãe a Doutrina do Amanhecer por um período de dez (10) anos ficou completamente estagnada. Ao final desse período, em dezembro/95, sua maior hierarquia completa sua estadia terrena. Com o desencarne do Trino Tumuchy, o Trino Araken assume o comando da Doutrina do Amanhecer e por ter grande liderança perante o corpo mediúnico, mantem com certa tranquilidade as escalas de trabalho e a harmonia entre os Jaguares.
         O Trino Araken, por sua grande herança transcendental, teve que manipular muitos charmes com antigos e velhos contemporâneos do passado, os quais não perdiam a oportunidade de realizarem suas cobranças. Dentre esses, em sua maioria, estavam os Adjuntos Arcanos veteranos classificados por Tia Neiva, os quais se tornaram Adjuntos de Povos e procuravam exercer um poder doutrinário paralelo. Isso gerava dissabores, ressentimentos e constrangimentos de toda espécie, agravado sempre pela ação interventiva dos familiares da Clarividente.
         Nos Templos do Amanhecer, o Trino Presidente Triada Ajarã, seguia adiante sua jornada, com reuniões constantes com seus respectivos Presidentes, mantendo o comando dos Templos de maneira austera e inflexível. Apesar de suas limitações, procurou manter o respeito às Leis e Chaves Ritualísticas trazidas por sua mãe Clarividente e, na condição de Coordenador dos Templos do Amanhecer, pode levar a estes todos os rituais e consagrações existentes na Doutrina do Amanhecer, o que o transformou em breve lapso temporal na pessoa mais importante para os Templos do Amanhecer. Nos primeiros anos da partida de Tia Neiva deste plano, existiam pouco mais de 20 (vinte) Templos instalados no país. No entanto, num intervalo de 15 (quinze) anos, já se somavam mais de 300 (trezentos) Templos espalhados no país e alguns no exterior.
         Para tanto, aumentou-se a rigidez, o controle e, no mesmo passo, o poder do Coordenador dos Templos do Amanhecer. As reuniões com ele e os Presidentes de Templos, em sua maioria objetivava dar oportunidade a que um Adjunto Veterano do Amanhecer fosse ali compartilhar sua experiência ao lado da Clarividente.
         Em raríssimas ocasiões, abria-se espaço aos Presidentes de Templos para se manifestarem sobre as dificuldades encontradas na condução de seus Templos, matéria essa de interesse coletivo, o que contribuiu para o desinteresse de alguns ao comparecimento das reuniões promovidas pela Coordenação dos Templos.
         Em alguns anos de Coordenação, alguns Templos tiveram enorme crescimento na formação de seu corpo mediúnico, o que mereceu um nível de atenção mais elevado, visto que a cada consagração, dezenas e centenas de médiuns chegavam ao salão iniciático, faziam sua elevação de espada ou consagravam a centúria. Destarte, os Presidentes desses Templos passaram a receber da Coordenação um atendimento prioritário, razão pela qual, as datas de realizações de seus rituais e consagrações passaram, sistematicamente, a fazerem parte do Calendário Anual da Coordenação dos Templos do Amanhecer.
         Os presidentes de Templos com pouco efetivo mediúnico deviam conduzir seus parcos integrantes ao Templo do Amanhecer atendido pela Coordenação.
 O crescimento da quantidade de Templos do Amanhecer, sem sua correspondente organização no âmbito da Coordenação, certamente iria resultar em dificuldades na prestação de seus serviços, o que levou dezenas de Presidentes a se afastarem da Coordenação e procurarem auxílio do Templo-Mãe para o atendimento de seus respectivos componentes.  
         No Templo-Mãe, o Trino Araken, já cansado das ações nefastas de seus algozes, decidiu afastar-se da liderança doutrinária do Amanhecer entregando as Escalas de Trabalho nas mãos dos Adjuntos Arcanos Veteranos. Não obstante permanecer residindo no Vale do Amanhecer, por cerca de dois (2) anos manteve-se afastado dos rituais e consagrações, no período de 1997 a 1998. Em 1999 retorna ao comando da doutrina e, ao ensejo, promove o Curso de Sétimo, o qual seria o derradeiro. Nos anos subsequentes não ministrou mais esse Curso e em outubro de 2004 concluiu sua estadia terrena.
A partir do seu desenlace, a maior hierarquia na doutrina ficou na pessoa do Trino Presidente Triada Sumanã – Mestre Michael. Ele tentou dirigi-la com o auxílio dos Adjuntos Arcanos Veteranos, porém, suas primeiras decisões passaram a ser questionadas. Não tardou que ele abdicasse dessa liderança e, como fizera o Trino Araken, se afastasse, também, do Templo-Mãe. Na ocasião dirigiu-se à sua terra natal no oriente médio, o qual nessa época passava por conflitos bélicos. Ali permaneceu por curto período retornando ao Brasil e para sua residência no Vale do Amanhecer.
Com a ausência do Trino Sumanã da liderança principal da Doutrina do Amanhecer, seu sucessor hierárquico natural, o Trino Ajarã, deveria suceder-lhe. Porém, em que pese ter feito uma reunião com os Arcanos Veteranos para a realização da primeira escala sob sua regência, esta sequer restou a ser implementada, uma vez que tais Arcanos decidiram apoiar o Trino Herdeiro Ipoarã – Mestre Raul Zelaya e prestar-lhe obediência, com o assentimento de membros da Família Zelaya e dos Trinos Herdeiros e sem o consentimento de suas principais hierarquias, o Trino Sumanã e o Trino Ajarã.  
Ato contínuo, o Trino Ipoarã designou uma assembleia com o corpo mediúnico do Templo-Mãe e nessa assentada, ocorrida em 19/03/2009, modificou o Estatuto da OSOEC, tornando-se seu Presidente vitalício, com atribuições de dirigir, não somente a Entidade jurídica, mas também, a própria doutrina do amanhecer, afastando, por conseguinte, a hierarquia doutrinária deixada por sua mãe Clarividente e fundadora da respectiva Ordem, firmada na hierarquia deixada nas pessoas dos Trinos Presidentes Triadas.
Sabendo com antecedência dos objetivos do irmão, o Trino Ajarã, uma semana antes se reúne com um grupo de Adjuntos Presidentes de Templos e transformou a Coordenação Geral dos Templos do Amanhecer – CGTA, em uma entidade jurídica, com o objetivo de gerenciar os Templos do Amanhecer sob sua regência e afastá-los de sua subordinação ao Estatuto da OSOEC, o qual nele constava dispositivo que impunha que eles estariam na tutela do Templo-Mãe.
É nesse momento que o sacerdócio evangélico e iniciático trazido por Tia Neiva sofre seu maior golpe. A doutrina do amanhecer criada com o propósito de prestar assistência espiritual à humanidade terrena, firmada nos princípios de Nosso Senhor Jesus Cristo, cuja tônica vibracional se fazia na rigorosa observância dos princípios do amor, humildade e tolerância, vê-se, de repente, envolvida num litígio judicial entre duas entidades jurídicas, a OSOEC e a CGTA.  A OSOEC (TEMPLO-MÃE), representada judicialmente por seu Presidente e a segunda, a CGTA, representada judicialmente por seu Coordenador-Geral.
Esse litígio judicial levou cerca de dois (2) anos, onde restou vitoriosa a CGTA. Essa pendenga gerou uma divisão do reino doutrinário implantado pela Clarividente, com consequências irremediáveis, principalmente, para os Templos do Amanhecer, os quais tiverem seus próprios componentes se voltando contra seus próprios Adjuntos Presidentes, ou seja, contra as Raízes que os conduziram com amor, honestidade e extremado esforço até ao estágio evolutivo doutrinário no qual se encontravam.
Os dois dirigentes das Entidades Jurídicas em conflito, se não foram instrumentos da evolução de toda a tribo de Jaguares, certamente, não terão nesta encarnação como repararem os estragos que por força de suas ações provocaram nesta Doutrina do Amanhecer.
A grande indagação é a seguinte: - É possível a unificação do sacerdócio evangélico e iniciático implantado por Koatay 108, sob a égide do Grande Simiromba de Deus, Seta Branca? Para Deus Pai Todo Poderoso nada é impossível. No entanto, no atual estágio de desenvolvimento dos Templos do Amanhecer, a que finalidade se prestaria tal unificação?
A clarividente ensinou que tentar modificar ou alterar a natureza do ser humano é ter a pretensão de alterar ou modificar a própria natureza. Assim, a priori, não haverá alteração ou modificação nas naturezas dos dirigentes das Entidades. Eles continuarão presos em suas convicções e nos seus conceitos e crenças. Ambos defendem que estão preservando o sacerdócio deixados por sua mãe e os atos que praticam estariam por ela respaldados.
Não há como alterar ou modificar tais concepções, não obstante colidirem com as ações e concepções ensinadas e praticadas pela genitora de ambos. Destarte, o estágio atual implantado na Doutrina do Amanhecer, somente poderá ser alterado ou modificado, através das ações e atitudes das novas lideranças que assumirão em um futuro próximo o comando desta doutrina.
Até lá haveremos de conviver, de forma pacífica, com as orientações dos atuais líderes das Entidades, os quais não manifestam qualquer preocupação sobre o futuro desta doutrina implantada por sua mãe neste Planeta, muito menos demonstram estar propensos a uma eventual Unificação dos Templos do Amanhecer.
Nessa trilha, não é difícil concluir que cada Templo do Amanhecer terá, forçosamente, de alcançar sua independência como entidade jurídica e, também, como organização religiosa. Caberá ao Adjunto que o preside ser honesto consigo mesmo e não alterar ou modificar as Leis e Chaves Ritualísticas trazidas dos Planos Superiores por Tia Neiva, muito menos seus ensinamentos doutrinários constantes do seu acervo que foi legado, em caráter universal, a todos os integrantes desta Doutrina do Amanhecer.
Assim, os Templos do Amanhecer, dentro em breve, haverão de proporcionar todas as condições para que seus médiuns e pacientes recebam toda a assistência mediúnica e doutrinária, bastando, para tanto, apenas da autorização verbal ou escrita de seus respectivos Adjuntos Presidentes. Os filhos de Seta Branca em todos os Templos do Amanhecer terão igualdade de tratamento e de oportunidade em sua evolução mediúnica e doutrinária.
Para afastar-se a máxima do evangelho sobre a família ou reino que se divide, cujo destino seria sua completa destruição, a única alternativa que nos resta é a de admitir-se que o Reino Doutrinário do Amanhecer não se encontra nas mãos dos atuais dirigentes das Entidades e sim nas mãos dos Filhos de Seta Branca.
E como a imensa maioria dos médiuns do Amanhecer não comunga com o conflito que restou instaurado pelas entidades retro aludidas, e preza pela continuidade do sacerdócio evangélico e iniciático trazido pela Clarividente sob orientação do Grande Simiromba de Deus, Seta Branca nosso Pai, os Adjuntos de Povos (Arcanos ou não),  espalhados por todo o Brasil e no exterior, haverão de honrar o juramento que fizeram de joelhos perante Koatay 108, com as seguintes palavras: Juro seguir o teu roteiro nesta caminhada para um rico Terceiro Milênio, doutrinando, emanando e curando, transformando a dor no caminho de nossa evolução. Cuidarei com respeito desta Seta imaculada que cultivastes em teu seio, há vinte anos, para me fazer (ADJUNTO KOATAY 108).
Assim, tais Adjuntos de Povos haverão de continuar levando a esperança ao espírito encarnado e desencarnado e a hastearem em cada canto deste Planeta governado por Nosso Senhor Jesus Cristo, a bandeira rósea do amor incondicional. Os Jaguares são espíritos preparados na ciência e na fé para o cumprimento da missão a eles atribuída nos Altiplanos. Salve Deus!
Brasília, 15 de junho de 2017 (feriado de Corpus Christi).


Adjunto Ogarian – Mestre Araujo

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